Vera Pìnheiro
Agora vai! Começa a ser montada a Vitrina de Rua!!! Já me perguntaram algumas vezes se o blog será do tipo “certo ou errado” ou se no estilo do Esquadrão da Moda, que esculacha o que as mulheres usam e muda tudo para ficar de acordo com a opinião dos apresentadores, ainda que distante do que as pessoas gostam, partindo do princípio de que elas não sabem se vestir.
Aqui não tem nada disso! Não sou ninguém para apontar o que é certo ou errado nos outros! Mal posso cuidar de mim mesma! Eu me visto do jeito que gosto e posso, mesmo que todo mundo odeie, ache feio ou diga que é do tipo nada a ver (com quem mesmo?!). Cada um na sua é o melhor estilo. Roupa é a cara de cada um(a). E não ter estilo é um estilo também. Inventar, criar, misturar ou desestruturar completamente uma roupa é deixar livre a criatividade. E criatividade é um máximo! Inclusive, e principalmente, para viver!
Pessoalmente detesto roupas certinhas, daquelas que enquadram a gente num determinado tipo de pessoa. Que rotulam, enfim. Tipo roupa para mulher executiva. Às vezes, é só aparência e mais nadinha, a gente sabe! Gosto de surpreender, ainda que nem sempre encante. Que a pessoa pense uma coisa, elabore uma opinião e depois precise reordenar o que pensou, porque se enganou. Uma pegadinha? Talvez. Um pouco de diversão, quem sabe. Não me enquadrem porque detesto isso, e, sobretudo, porque podem se enganar... e feio!
No trabalho o que interessa é a minha inteligência, a experiência acumulada, o conhecimento e o que sei fazer. Preciso vestir como esperam? É pedir demais. Quanto mais à vontade me sinto comigo mesma – independente do que pensam – melhor eu produzo. E, afinal, não é isso o que realmente interessa?
Há dias em que sou mais eu num imponente salto 12; em outros, tudo o de que preciso é de uma rasteirinha bem humilde. Gosto dos meus cachos e de cabelos presos num coquinho sem forma. E de rabos de cavalo. Nada muito configurado, que exija pose, que detesto. Devo me gostar, isso sim – e eu me amo! –, naquilo que vestir. E acho que cada um precisa se importar muito em estar bem, antes de tentar convencer os outros.
E quando a gente se veste e fica feliz com o que vê, mesmo que os outros não gostem ou não nos imitem, uma aura de felicidade nos encobre. E por aí desfila uma pessoa que está de bem consigo. Tem coisa melhor?
Por mim, tudo está bem e tudo está certo! Aqui estão ideias que os outros vestem e que eu acho uma beleza!